Operação ‘Código de Barras’ mira quadrilha especializada em golpes do falso boleto

Janeiro 21, 2025 - 07:45
Operação ‘Código de Barras’ mira quadrilha especializada em golpes do falso boleto

Golpes causaram prejuízos que ultrapassam mais de R$ 1 milhão

Policiais civis de Mato Grosso do Sul, por intermédio do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia Regional de Dourados, vinculada ao DPI/PCMS (Departamento de Polícia do Interior) deflagrou nesta terça-feira a operação ‘Código de Barras’. 
A ação policial, conta com o apoio Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da DECCOR (Delegacia Estadual de Combate à Corrupção) e tem como como objetivo desmantelar uma organização criminosa responsável por aplicar golpes de estelionato em larga escala.
Segundo informações do delegado Erasmo Cubas, a quadrilha utiliza boletos bancários fraudulentos para enganar vítimas em todo o país. a organização criminosa era liderada a partir da cidade de Goiânia, onde se localizava sua célula central.
Os criminosos atuavam de forma articulada, utilizando tecnologia avançada e estratégias elaboradas para falsificar boletos bancários e distribuí-los às vítimas, além de contar com uma grande rede de pessoas e contas bancárias para recebimento dos proveitos do crime.
De acordo com o delegado, estima-se que os golpes causaram prejuízos financeiros que ultrapassam R$ 1 milhão, afetando pessoas físicas e jurídicas em diferentes estados.

A operação foi realizada nas primeiras horas da manhã desta terça e mobiliza mais de 100 policiais civis em cinco cidades do Estado de Goiás: Goiânia, Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia. 
Durante a execução, estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Poder Judiciário da Comarca de Dourados, Mato Grosso do Sul, após intensas investigações conduzidas pela equipe do SIG.
Origem das investigações
A Operação Código de Barras, conduzida pelo SIG de Dourados, teve início em fevereiro de 2024, após a aplicação de um golpe pela organização criminosa nos dias 29 de fevereiro e 1º de março.
O golpe resultou no pagamento indevido de mais de meio milhão de reais por um funcionário de uma lotérica, obtido por meio de artifícios fraudulentos e práticas ardilosas. A investigação buscou identificar os integrantes da quadrilha, bem como a estrutura de funcionamento da organização.
As investigações envolveram técnicas de inteligência, interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário, permitindo mapear o organograma da organização criminosa, cuja base estava localizada em Goiânia, Goiás. 
Após a conclusão das investigações, foram representados ao Poder Judiciário pedidos de mandados de busca e apreensão, bem como de prisão, que foram concedidos pela Comarca de Dourados, no Estado de Mato Grosso do Sul. 
Ao todo foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão. As buscas foram expedidas para as residências de todas as pessoas que emprestaram contas bancárias para que o grupo criminoso pudesse receber os valores angariados.
Ainda segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, também são alvos de mandados de prisão todos os criminosos que foram destinatários finais dos valores desviados das vítimas.